O RATO DA RODOVIÁRIA
Adotando a mesma técnica aplicada em pesquisa de 1976, sabe-se hoje que Itabira tem 6 milhões de ratos urbanos; graças à apuração de ontem, dia de festa roedora no terminal rodoviário da cidade, afloram-se outras questões de saúde, educação, econômicas, de horror e até de terror
Eles existiam em número reduzido até aquela data em
que apareceram em pesquisa a olho nu. Não se sabe se a inserção deles no
levantamento do Ibope era algo encomendado especificamente ou se apenas em
atendimento a algum capricho oposicionista. O que vimos, no entanto, também
ouvido, palpável e inegável: Itabira começa a ser pequena, Drummond esquecido,
outras inteligências desaparecem, tudo graças aos ratos da Estação Rodoviária
Genaro Mafra,
CENSO DE RATARIA
Naquela reunião do Legislativo de Itabira, que se
realizava na Rua Dom Prudêncio, centro da cidade um pouco abaixo da solene
Igreja da Saúde, em 1976, notava-se que um
experiente vereador um tanto quanto agitado, todo cercado de papeis,
guardando-os sob sigilo, talvez e quem sabe
para ilustrar um trabalho relevante que seria mostrado, na secção
chamada “grande expediente”. Com certeza — e se confirmou — a descoberta tinha
a ver com o futuro itabirano.
OS RATOS DA RODOVIÁRIA
Adotando a mesma técnica aplicada em pesquisa
de 1976, sabe-se hoje que Itabira tem 6 milhões de ratos urbanos; graças à
apuração de ontem, dia de festa roedora no terminal da cidade, afloram-se
outras questões de saúde, educação, econômicas e de terror
Eles existiam em número reduzido até aquela data em
que apareceram em pesquisa a olho nu. Não se sabe se a inserção deles no
levantamento do Ibope era algo encomendado especificamente ou se apenas em
atendimento a algum capricho oposicionista. O que vimos, no entanto, também
ouvido, palpável e inegável: Itabira começa a ser pequena, Drummond esquecido,
outras inteligências desaparecem, tudo graças aos ratos da Estação Rodoviária
Genaro Mafra,
CENSO DE RATARIA
Naquela reunião do Legislativo de Itabira, que se
realizava na Rua Dom Prudêncio, centro da cidade um pouco abaixo da solene
Igreja da Saúde, em 1976, notava-se que um
experiente vereador um tanto quanto agitado, todo cercado de papeis,
guardando-os sob sigilo, talvez e quem sabe
para ilustrar um trabalho relevante que seria mostrado, na secção
chamada “grande expediente”. Com certeza — e se confirmou — a descoberta tinha
a ver com o futuro itabirano. Vamos ver se o tema é mesmo interessante
Abro um parágrafo para dizer apenas o seguinte: eu era
vereador ao lado de José Braz Torres Lage, Custódio Pires Guerra, João Martins
de Souza, José do Carmo Lage, José Vital da Silva, Regina Maria Pinto Coelho,
Zumário Ferreira, Justo Zanon, José Ignácio Vieira, Onelvino Coelho, Juquita
Dias, Edson Tomaz Gomes, Maurício Linhares Guerra, José dos Santos Cruz e José
Jésus de Souza. Fecho o tópico, recorrendo à memória ajustada a outros
detalhes.
DANIELISMO X MARQUISMO
O suspense em torno de um tema não tanto revelado até
aquele momento agitava o ambiente de preparação. João Eustáquio (in memoriam),
inesquecível e muito dedicado funcionário, tomava as providências que lhe cabiam, acompanhado pela vigilância
de suas superioras dedicadas Helena Ribeiro (in memoriam) e a super capacitada
Lúcia de Cássia Cruz Fonseca (exige que lhe declinem nome completo e eu
aprovo).
De um lado aquele dia de 1976 chamava a atenção para o
que o vereador envolvido citasse as obras de Daniel de Grisolia que, na
verdade, merecem lembrança pelo seguinte motivo: Itabira não tinha receita
assegurada, o Imposto Único Sobre Minerais (IUM), e ainda uma merreca, foi
criado em 1967. A obra intocável, em que se referia naquele momento foi
concluída em 1965, ninguém explica.
Por outro lado, vejam a data 28 de abril de 2025, ontem, o prefeito de Itabira atual arrecada um absurdo, em torno de R$ 5 bilhões em quatro anos e quatro meses, e não tem Viaduto do Alto Pereira, nem Cemitério da Paz, nem Mercado Municipal e, principalmente, Estação Rodoviária. A conclusão é a seguinte: Ou Daniel fazia milagre, ou Marcolage é um notório incompetente e gastador irresponsável de dinheiro público. Por sinal, diz um interlocutor que “esse cara é uma fraude”. E eu assino em baixo.
INVASÃO
INUSITADA
Então, o ontem
ficará na história itabirana por um motivo excepcional que não é a
disparada conclusão de que Daniel vale mais que Marco, mas sim que os habitantes do canal da Avenida João
Pinheiro e de outras vias adjacentes da terra drummondiana, em seleção ou não,
mas organizadamente, foram à Estação Rodoviária para mostrar que Itabira chega
ao fim da linha arruinada e mais que ameaçada. E poucos itabiranos fazem alguma
coisa.
Os roedores da região mostraram, primeiramente, que
sabem dançar e cantar. Pelo menos eu não tinha conhecimento dessa cultura
roedora. Diz ainda a autobiografia deles: “Vocalizam por meio de uma série de
sons, incluindo guinchos, piados e arranhões, que podem estar além do alcance
de audição humana” — a informação é
comprovada, pública e ao alcance até de
quem os despreza.
RATOS INTERNACIONAIS
Segundo dados técnicos de levantamentos, a cidade de
Chicago, nos Estados Unidos, com menos de 3 milhões de habitantes, é a urbe
mundial com maior número de ratos. Curiosamente, Nova York, com 8,3 milhões de
figuras humanas, possui menos ratos que outras. De acordo com o pensamento
humano, haveria proporcionalidade entre as grandes concentrações de seres
humanos e os ratos. Mas não há de ser tão equivalente assim, considerando que
talvez em algumas cidades maiores haja maior e intenso trabalho contra a
presença audaciosa dos pertencentes à Família Muridae, assim distribuída:
Ratazana, Rato de Telhado e Camundongo.
ITABIRRATOS
Deixando de lado
os roedores internacionais,
concentremo-nos em Itabira, que pode ser atração mundial, considerando
levantamentos feitos no decorrer dos anos. Assim é que em 1976 presidia a
Câmara de Vereadores José Braz Torres Lage. Mas a informação chegou ao
conhecimento de todos por meio de José Jésus de Souza, como já foi explicado.
É preciso mostrar que, mantendo os ratos escondidos
(mandam castrar cães e gatos mas esquecem os camundongos), estão acabando com a
saúde do itabirano as seguintes pragas: Culex Quinquefasciatus (nome científico
do pernilongo), caramujos (imbatíveis desde Antônio Alve de Araújo, que cismava
na ‘derrota incomparável’), Aedes Aegypti, mosquito que transmite a dengue, as
febres chikungunya e amarela e a doença do vírus Zika. Como veem, todas essas
pragas estão presentes no atual desgoverno Marcolage e ele só faz discursos, já
famoso de acordo com o que ele mesmo chama de itabirarratos.
ESTATÍSTICAS SIGNIFICATIVAS
Rodeado de folhas, onde números se mostravam
totalmente claros, José Jésus, ao criticar os governantes, acusou-os também de
criar ratos ao invés de porcos, galinhas, cabritos, bezerros, bois e vacas.
Após mostrar como o Ibope fez o levantamento, o parlamentar explicou as
técnicas e assim resumiu o seu pronunciamento referente aos roedores:
— Caros vereadores, Itabira hoje abriga o total de 3,2
milhões de ratos, que podem ser divididos em 53 roedores por habitante vivo e
ativo.
Assustado, o presidente da Câmara Municipal apenas se
engasgou com as informações, quando quis encerrar a sessão. Mas ainda teve que
ouvir seus pares numa desagradável inquirição feita pelo vereador José dos
Santos Cruz, notadamente um dos que menos falava:
— Senhor presidente, vossa excelência me permite um
aparte?
— Pois não, caro vereador.
E o conhecido Sô Zinho:
— Senhor presidente, só quero saber quem está com os
meus 53 ratos já que verifiquei e não tenho um sequer.
CONCLUSÃO
Fica esclarecido pelo menos o seguinte: Itabira tem,
hoje, cerca de 6 milhões de ratos, se é que
cada itabirano cuida de 53 comedores de queijo. Por isso valeu a
incursão e festança da rataria na Rodoviária. Não se trata de uma informação
exata, mas é suficiente para satisfazer o cidadão mais curioso, mesmo surgindo
um contestador.
O futuro detestável por Marcolage — e ele descobriu
que o povo gosta de ser enganado — volta aos painéis de discussões só com a
turma da oposição. Os situacionistas, que figurarão no Apocalipse como
destruidores de Itabira, vão tentar se esconder como os ratos da João Pinheiro,
mas até por eles serão carregados.
Um proprietário de espaço na área, conhecido como ...... , mandou seu protesto
via WhatsApp: “Os ratos podem morar na Avenida João Pinheiro, mas aqui eles vêm
muito nos fins de semana. Favor não incomodá-los, nem os meus 53”. Assina.
Rato Antônio
Em 30/04/2025
Imagens: Redes Sociais.
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