JÚNIOR SANTOS, 0 NOITE ILUSTRADA DO FUTEBOL

 



Meus amigos, eu poderia escrever aqui sobre vários jogadores que disputam as mais diferentes competições do futebol mundial, sul-americano, brasileiro, regional e até sobre um defunto que se recusa, chamado Valeriodoce Esporte Clube, em ressuscitar-se por culpa da política, ou da politicagem.

Nem deveria mencionar o futebol como ponto de partida de um texto que pode virar, para sempre, uma baboseira de fazer dó. E ficar sem nada falar, porque escrevo por conta própria, sem remuneração e sem custo, seguindo os passos prometidos de Fernando Antônio Silva, escritor nato, que anunciou, oficialmente, que odeia escrever. Descobri que mais que repugno.

Mas, por ironia do destino, uso este espaço para abordar um pouco da vida de José Antônio dos Santos Júnior, atacante hoje pertencente ao Clube Atlético Mineiro, o Galo Doido das Alterosas.  O nome dele de guerra para uma multidão de admiradores é Júnior Santos, baiano de Conceição do Jacuípe, 1,88 de altura, exímio cabeceador e dizem que destro, acho que chuta de todas as partes: joelho, dedo (bicuda), cabeça, e bomba. Um defeito dele: tem 30 anos de idade, caso sendo trintão já tem os dias contados. Se for assim, abominem-me como olheiro.

Desde quando vi esse moço – Júnior Santos –   peito de aço. em campo de futebol, assustei-me. Por mais que pudesse ver uma espécie de “Noite Ilustrada”, vi o terror dos goleiros. Ele já era do Botafogo, tinha passado pelo Fortaleza. Pela primeira vez desta minha tremenda observação já o sentia como terror dos adversários.

Abro um parágrafo para dizer que, infelizmente, entendo um pouco de futebol. Espelhado em Barbatana, exímio descobridor de craques no Galo, comecei a exercer a minha imaginária profissão, apontando grandes nomes de crianças que seriam verdadeiras joias, em seguida, craques de verdade. Assim foi com Reinaldo, Ronaldinho do Cruzeiro, Pelé (antes de ser revelado) e mais alguns. Passei a sonhar com Júnior Santos no Galo como se fosse uma obsessão. Fecho  o parágrafo.

Por força do destino, ou da lei de atração, ele veio apartar-se exatamente no meu time. E aqui no CAM, infelizmente, tornou-se o “rei do banco de reservas”. Estou sentindo que vão procurar um lugar diferente para o Noite Ilustrada, de beiços que metem medo até nas traves. E será o absurdo dos absurdos.

Júnior Santos é craque, mesmo destro, e não pode ir embora do Galo sem ter uma oportunidade. Li ontem pela maluca internet que ele está insatisfeito com tantas horas em banco de reservas. E com razão. Até eu estou. Tentei encontrar quem o contestasse como jogador e só achei observadores meia-boca.

Diz um que ele não se encaixou no time e eu respondo que quem se encaixa é o esquema do treinador e não o jogador. Esquema de futebol não tem cabeças, pés e inteligência. Se fosse obrigação de algum craque jogar como o técnico quer, qualquer perna de pau seria titular da seleção brasileira. Cada jogador tem as suas características e cabe ao treinador encaminhar o seu esquema.

Cuca é um bom treinador, embora retranqueiro, mas ele não pode fazer uma sacanagem tão grande, não apenas com um craque, com um time, com um valor, mas, principalmente, com a história. O custo do meu sonho valeu ao Galo, dizem que mais de R$ 48 milhões. Quer dizer que em cada jogo pegam as notas de duzentos reais, contam uma a uma, colocam gominhas , amarram bem e colocam no lugar de assestar-se. E a dinheirama fica lá por, pelo menos 90 minutos, ou mais, esperando chegar o terremoto para acabar com o time.

Quais os jogadores não deram certo em algum time se não houve teimosia de crédito do treinador? O próprio Hulk apareceu no Galo e foi negado por dezenas de comentaristas que pediram a sua dispensa. Um dia, ele calou a boca de milhares de maus olhos de plantão e pregou uma cola-tudo na língua e na boca dos malditos.

Só vou terminar esse texto dizendo o seguinte: quem é bom de bola nasce bom de bola. O único jogador do mundo que nasceu ruim, inimigo da bola e que a humilhou com a sua força de vontade chamava-se Dario José dos Santos, o Dadá Maravilha. Dadá desafiou o mundo.

Só peço o seguinte: não passem para a frente Júnior Santos sem dar-lhe seguidas oportunidades. Fora isso, a lei do ex irá calar os analfabetos de olheiras cegas que abundam por aí. Deus os queimem enquanto não chegam no fogo do inferno.

 

José Sana

Em 10/08/2025

Fotos: redes sociais

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