MESMO MORANDO NOUTRO MUNDO, DRUMMOND VEM A ITABIRA INAUGURAR A FOTOGRAFIA NA PAREDE
Festas, festinhas e
festanças ocorrem na ex-terra do minério, e ele diz que “meu governo se
chama imediatista, o passado já passou, o futuro não aconteceu” — satisfação de
Marco Lage pensando que segue o Poeta Maior
Cada um de nós tem seu pedaço no pico do Cauê. (Vamos
nos agarrar a tal partilha),
a cidade toda de ferro (o que valia milhões entra
para o rol dos tostões)
as ferraduras batem como sinos. (e todos ouvem porque
o silêncio é sepulcral)
Os meninos seguem para a escola (e nem aprendem o A,
a não ser de atordoados)
Os homens olham para o chão. (medo de tropeçar ou
vergonha na cara?).
Os ingleses compram a mina. (e riem de nós)
Só, na porta da venda, Tutu Caramujo
cisma na derrota incomparável” (o único que enxerga
um palmo na frente do nariz)
(Drummond, Itabira, Alguma Poesia, 1930)
TEM UMA PEDRA PESADA
O tempo passou. Vieram outros poemas, dezenas, muitos e
muitos referentes à terra natal, Itabira, que o deixava cada vez mais ligado ao
Sentimento do Mundo. A antiga cidade do ferro, que também, aos poucos,
orgulhava-se de seu filho mais ilustre, teria que dar um passo à frente.
Itabira, aparentemente, tem um prefeito que, por sinal
liga-se diretamente ao falatório. E foi a mulher dele, que encomendara, na
posse, um discurso adequado do momento, que confidenciara: “Escreva à vontade,
é de que ele mais gosta, falar, urrar, gritar”. E foram digitadas dezenas de
páginas, a princípio somaram 56, encurtadas para 25 laudas que viraram
compromisso direto dele com a população, 100 % de promessas com 200% não
cumpridas, outras ele as criou, mas...
... No meio do caminho tinha uma pedra (e bem pesada)
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.(ela se encaixa na
Cava do Cauê)
E a pedra continua
lá, imóvel, impedindo a passagem do futuro e das leis naturais,
inclusive da máxima transformativa e Lavoisier. “No casarão da fazenda onde
Carlos Drummond de Andrade morou desde os dois
anos, uma janela se abria para o Pico do Cauê, um colosso de ferro que
entrou no olho guloso do mundo.
Descortinando-se numa conferência em Estocolmo, no ano de 1908, onde se falou sobre os
interesses do ferro e da indústria do aço, o pico foi visto da janela de
Drummond por ele - 1 bilhão de toneladas de minério de ferro - tornou a sua
pequena Itabira (MG) o destino de sucesso econômico do Brasil ou orgulho da
terra chamada Itabira. "Eta vida besta, meu Deus!”
AGORA É FESTANÇA. E DAÍ?
Nada a fazer senão festa, o que mais ocorreu na atrasada
Itabira, que não se cuidava do futuro. O fabricante de lero-lero resolveu,
então, com lógica, basear-se no seguinte:, pegando no ar o que diz o Poeta
Maior: Carlos Drummond de Andrade, em sua obra, expressa uma visão cautelosa e
pragmática sobre o futuro, focando principalmente no presente e na necessidade
de viver a vida como ela é. Mas Drummond tinha, sim, um jeito completamente
diferente da quele do MAL.
MAL é sempre mal. Imitando o poeta pela sua riqueza atual —
duas fazendas, empresa nos Estados
Unidos e outras bugigangas, M40 entendeu que o correto é deixar Itabira nos quintos dos infernos. E copiou isto do
poeta, por meio de sua baluarte de anos a fio:
“Tive ouro, tive gado, tive fazendas. (duas fazendas e
empresa no EUA)
Hoje sou funcionário público” (prefeito de Itabira)
Por tudo isso, promoveu a volta de Drummond a Itabira, pensando
assim: “O povo vai entender que estou seguindo o nosso ilustre conterrâneo
Carlos Drummond”. E trouxe o homem à terra amada. Bandas de música,
caboclinhos, marujos, foguetório (desobedecendo a Lei Bernardo Rosa), crianças
agitando bandeirolas, confetes, palmas seguidas e estridentes, vivas e,
finalmente, discursos. É previsto que M40 falará durante sete horas,
homenageando a memória de Fidel Castro, seu animador de auditório.
Tudo montado e “armado” de vibrações para receber Drummond,
em companhia do prefeito de Itabira, o nada faz Marco Lage. Puxa-sacos vazam
aos empurrões, cadeiras e mesas se arrastam na porta fechada cercada de fitas
simbólicas pela competente Magui Ferreira, a única funcionária insubstituível
da prefeitura. Outras só sabem dizer “certíssimo”! Tensão, tensão, tensão.
Até a primeira-dama fará um discurso escrito por Fernando
Silva, à força. A princesa subirá na mesa e será ovacionada como futura
candidata a prefeita e dirá que convidou toda a Itabira, nunca perseguiu
ninguém a não ser donos de pousadas de Ipoema. Diz, complementando, o orador
oficial a chamar para o corte da vida e empurrão da porta.
Que susto! Que tremedeira! Que cara de tatu! Que pancada no coração”. Porta aberta, nada havia de parede, tombara, caíra nos anos de governo do desgovernado e descontrolado. vê nos entulhos da suposta entrada apenas duas frases destroçadas. Alguém tomou a iniciativa de juntar os pedaços e lá estava escrito, depois da juntada de letras, sílabas e frases, que uma alma vinda com Drummond do Reino do Céu e teve a força de acrescentar algumas palavras:
A PORTA DA CIDADE FANTASMA
Tudo montado e "armado" para receber Drummond, em companhia do
prefeito de Itabira, o nada faz Marco Lage. Puxa-sacos vazam aos empurrões,
cadeiras e mesas se arrastam na porta fechada cercada de fitas simbólicas pela
competente Magui Ferreira, a única funcionária insubstituível da prefeitura.
Outras só sabem dizer “certíssimo”
Tensão, tensão, tensão.
Até a primeira-dama fará um discurso escrito por Fernando
Silva, à força. A princesa subirá na mesa e será ovacionada como futura
candidata a prefeita e dirá que convidou toda a Itabira, nunca perseguiu
ninguém a não ser donos de pousadas de Ipoema. Diz, complementando, o orador
oficial a chamar para o corte da vida e empurrão da porta.
Que susto! Que tremedeira! Que cara de tatu! Que pancada no coração”. Porta aberta, nada havia de parede, tombara, caíra nos anos de governo do desgovernado e descontrolado. vê nos entulhos da suposta entrada apenas duas frases destroçadas. Alguém tomou a iniciativa de juntar os pedaços e lá estava escrito, depois da juntada de letras, sílabas e frases, que uma alma vinda com Drummond do Reino do Céu e teve a força de mudar algumas palavras:
Tudo montado e “armado” para receber Drummond, em companhia do prefeito de Itabira, o nada faz Marco Lage. Puxa-sacos vazam aos empurrões, cadeiras e mesas se arrastam na porta fechada cercada de fitas simbólicas pela competente Magui Ferreira, a única funcionária insubstituível da prefeitura. Outras só sabem dizer “certíssimo” Tensão, tensão, tensão.
Até a primeira-dama fará um discurso escrito por Fernando Silva, à força. A princesa subirá na mesa e será ovacionada como futura candidata a prefeita e dirá que convidou toda a Itabira, nunca perseguiu ninguém a não ser donos de pousadas de Ipoema. Diz, complementando, o orador oficial a chamar para o corte da vida e empurrão da porta.
Que susto! Que tremedeira! Que cara de tatu! Que pancada no coração”. Porta aberta, nada havia de parede, tombara, caíra nos anos de governo do desgovernado e descontrolado. vê nos entulhos da suposta entrada apenas duas frases destroçadas. Alguém tomou a iniciativa de juntar os pedaços e lá estava escrito, depois da juntada de letras, sílabas e frases, que uma alma vinda com Drummond do Reino do Céu e teve a força de mudar algumas palavras:
“Itabira é uma cidade fantasma.
Mas como dói!” (verdade pronta para ocorrer)
José Sana
Em 03/06/2025
Fotos: Arquivo e redes sociais
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