“DORME, DORME ITABIRANO CEG0, MAS DORME SEM IRA”
Muitos não veem o que se escancara em nossas vistas na questão do fechamento das minas de ferro de Itabira; até o Jeca-Tatu dá o seu palpite: “Nóis tamém drome, uai”
"Nóis drome igual o prefeito, uai!"
O vereador
Elias Lima, talvez com vergonha do nada faz itabirano, resolve colocar em
público, para julgamento, uma nova
proposta para o futuro: construir uma estátua de Carlos Drummond de Andrade com
38 metros de altura, imitando o Cristo Redentor. Alguém me pede um parecer, já
que qualquer cidadão pode opinar. E resolvo dedilhar estas linhas.
Ora, ora,
ora. Conheço Ouro Preto como quase a palma das mãos. Obrigação minha, terra de
meus avós e, principalmente, de minha mãe, que nasceu e viveu parte da
juventude nas pedras brilhantes das ruas e becos. Meu sonho era saber se o
turismo ouro-pretano, o mais visível e agitado de Minas Gerais, traz resultados
econômicos para o município. Obtive uma resposta taxativa em conversa com o
prefeito Ângelo Oswaldo.
E qual foi a
resposta dele? “Com prazer, porque o nosso turismo nos encanta, mas digo que só
temos despesas”. E entendi, também, que o turista que vai à terra que consagrou
Tiradentes, tem proximidade com Belo Horizonte, assim como Itabira. O turista
chega cedo, beberica e saboreia lanches, almoça e zarpa à noitinha para a
Capital, dando tempo para conhecer, também, Mariana.
TURISMO EM
ITABIRA COLA?
Itabira tem
um mirabolante projeto turístico que pode dar resultados imediatos. É de Rafael
Cléver Gomes Duarte, lançado em 1998 no governo Jackson Tavares. É a forma mais
viável de chamar a Vale para parceria, pois os seus traços mostram Itabira
revelando a mineração como foi. Nada tem de briga com a mineradora. Pelo
contrário, um chamado à responsabilidade.
Fora isso,
um Drummond Gigante serviria como uma força agregada porque todo turismo exige
esse tipo juntar. Apesar de forte, um homem da cultura não traria multidões a
Itabira, até porque o povo ainda é muito e muito pé-rapado ainda, lambedor de
rapadura. Não faço política. não sou mais político, falo o que o politiqueiro
sequer pensa. Porque chegamos no tempo da sinceridade. Chega de hipocrisia
barata! Itabira precisa de teleférico, parque aquático e atrações para todas as idades e nada disso demora menos que cem anos.
PROJETOS
ECONÔMICOS ABANDONADOS
A Unifei é
um projeto abandonado. O preguiçoso de nosso prefeito, que deve puxar uma palha
o dia todo, considerando o que faz, recebeu a prefeitura, em 2021, com três
iniciativas prontas para executar: o Parque Tecnológico (eu fui à França ver o
que aqui fazia o então reitor Renato Aquino). E foi fácil enxergar a que o
português de Ilha da Madeira queria. Hoje, visivelmente triste, Renato admite
que enterraram um sonho real de sua vida.
Enquanto
isso, ao chegar a Itabira como prefeito, Marco Antônio Lage enfiou o pé no
bumbum do projeto, que tinha e tem futuro mais que garantido, para encarar o
seguinte desafio: fazer obrinhas de fundo do quintal e arrebanhar votos destinados à sua eleição
(enquanto enganava a milhares), depois à
reeleição, praticamente o único objetivo dos R$ 4 bilhões que queimou no
primeiro mandado.
E
arrebanhou, fazendo de idiota o povo e arrancando dele votos na base do nada
fazer de objetivo para a vida futura itabirana. “O mandatário montou um marketing voltado para si somente,
nunca se viu isso sem punição; tornou-se dono de tudo no seu verbete incansável
de lives até pilotando máquinas da prefeitura. Inacreditável de como tomou conta
de tudo o que ocorria, até a Faculdade
de Medicina, tentou abocanhar para o seu rol de invenções; abandonou o ensino de engenharia de custo
zero por absoluta vontade de empregar o dinheiro noutras iniciativas;
concentrou-se em pracinhas, pinturas de paredes e escadarias; tapou buracos que
já se abriram hoje em dia; reforçou a limpeza urbana só nas aparências, o lixão
imperando no depósito sem projetos da LOC; um falador inveterado e imensuráveis
a partir de sua boca os adjetivos narcisistas que impôs a si próprio.
Além do
Parque Tecnológico, abandonado junto da Unifei, não deu bola para o projeto do
Aeroporto Industrial, que já era realidade na mesa do ex-vice-presidente José
Alencar Gomes da Silva e agora vejam a iniciativa que começa a ocorrer no
Brasil, a que seria o nosso Porto Seco, também enterrado pelo inacreditável
Marco Antônio Lage.
MARCO ABORTOU O PORTO SECO
A notícia é
quente e vale a pena ser transcrita:
“A VLI
Logística investe R$ 600 milhões para operar trens na ferrovia Vitória-Minas” —
é o título da matéria publicada hoje (9 de julho de 2025) na imprensa de todo o
Brasil. Trata-se de um novo modelo para ampliar a eficiência logística e
reforça atuação como operadora ferroviária.
A VLI
Logística inicia uma nova fase na Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM), da
Vale, ao assumir a operação direta de trens como agente transportador ferroviário,
modalidade prevista na nova lei das ferrovias. Com investimento de R$ 600
milhões, a empresa ganha autonomia para coletar e entregar cargas ao longo da
linha, além de gerenciar 17 pátios de manobra e implantar instalações próprias
na malha.
R$ 600 milhões seriam para o Porto Seco de mais um projeto abandonado pela prefeitura
A medida
substitui o antigo modelo de direito de passagem, simplifica a relação com a
Vale — sua acionista com 29,6% — e promete elevar a eficiência no corredor que
conecta a malha da FCA, cuja renovação está em negociação com o governo
federal. Do total investido, R$ 530 milhões serão destinados à compra de
material rodante, e R$ 70 milhões a oficinas e estruturas operacionais.
A nova
operação deve ampliar o volume anual de transporte de 22 para 30 milhões de
toneladas nos próximos anos, com destaque para produtos da siderurgia, como
minério, carvão e coque. Cargas de celulose, grãos e fertilizantes também serão
beneficiadas. A empresa já iniciou a transição e prevê plena operação até
meados de 2026.
A VLI
consolida-se como operadora de referência em logística multimodal, com presença
crescente na malha ferroviária nacional. O modelo de agente transportador pode
mudar o uso da infraestrutura ferroviária no Brasil? E era o que esse prefeito
dorminhoco deveria saber e ter corrido atrás. Mas preferiu atrasar Itabira mais
quatro anos, que representam 40.
Fonte e
Foto: Valor Econômico
José Sana
Em 10/7/2025
PS: Opinião de um engenheiro que trabalha no complexo EFVM: “O que dói é saber que poderíamos ter um Parque Tecnológico já operando e uma universidade com os todos os cursos previstos, se não fosse aquela decisão, em 2015, envolvendo a instalação da Apac no Posto Agropecuário, O atual prefeito bateu o pé e não permitiu a remoção desse sistema prisional que, na época, nem instalado estava”.
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